Rascunhos

- esboços de quaisquer escritos, pensamentos e acontecimentos. Rascunhe você também, faz um bem danado!

quinta-feira, julho 27, 2006

Percepções

25 de Julho de 2006, Quinta-feira. 19h no Sesc Arsenal.

Daniele Dias, eu, alguns professores e alunos do 1º ano de Comunicação Social, todos presentes na cerimônia de lançamento do livro PERCEPÇÕES de Márcio Hudson. Pelo que me disseram, ele é o atual professor de Fotografia do nosso curso.

Fiquei imaginando - para variar - o quão prazeroso e orgulhoso deve ser lançar um livro. Um trabalho que exige tempo, dedicação, conhecimento, técnica, bom gosto, entre outras coisas. Durante o discurso, o autor disse algo que me chamou à atenção, tratava-se do tempo que ele levou desde que a primeira pessoa o incentivou a fazer tal trabalho até a sua realização. Posso ter entendido algo errado, mas eu ouvi dizer que foi uma caminhada de treze (13) anos. (Pensando bem, acho que ouvi errado, rs).

Mesmo assim, isso não anula o pensamento que tive no momento. "A velocidade que as coisas acontecem e a velocidade em que esperamos em que elas aconteçam". Como assim? Seguinte: eu, por exemplo, sempre acho que muitas coisas eram para amanhã. Como muitos outros colegas e amigos, na nossa juventude sempre ansiamos ter as coisas, obter o retorno (um feedback positivo) ou até conseguir o sucesso muito prontamente, e se não conseguimos, nos questionamos o quão capazes ou competentes somos, se estamos no caminho certo ou o que será que está acontecendo, pois a mídia vive mostrando casos de sucesso,.. mas onde está o meu? Que demora é essa?

Ao ler o livro “A Última Grande Lição” de Mitch Albom pude mais uma vez me deparar com uma questão dos conflitos internos e externos que um jovem enfrenta, suas inseguranças, vaidades, incertezas desconcertantes, medos e, principalmente, suas ansiedades. Fatores que influenciam na maneira de agir e pensar enquanto jovens.

Sendo assim, aqui escrevo mais uma observação. Ao estudar sobre o grande Marshall McLuhan e suas teorias no primeiro ano de Comunicação Social, fiquei intrigado com uma de suas afirmações: "O meio é a mensagem". Perguntava-me sempre o porquê desta frase. Mais tarde li algo explicando: "Para ele, o meio é mais importante que a mensagem pois o meio molda aqueles que recebem a mensagem, alterando de forma positiva ou negativa a própria comunidade ou sociedade que são os receptores, um dos interlocutores. Como assim? Por exemplo, a partir do momento que a TV surgiu, hábitos e costumes foram alterados, isso sem falar que o mundo começou a ter acesso mais fácil às informações, notícias locais, regionais, nacionais e internacionais. De uma certa forma, o "meio" = a televisão, mudou nossas percepções, nos deixou mais "alerta" sobre os acontecimentos mas deixamos também, muitas vezes, de almoçar junto com a família para acompanhar o noticiário na TV, ou seja, passamos a ter mais razões para ficar dentro de casa, pois a TV entretém, diverte, informa. A lista das alterações maléficas e benéficas não param por ai. Mas citá-las não é o objetivo deste "rascunho".

Você ainda acha que ela não mudou muita coisa, então vamos analisar outro grande exemplo: a internet. O supra sumo, o suis generis , a convergência dos meios de comunicação. Como diz no genial filme "Closer - Perto Demais": O primeiro meio de comunicação mundial democrático". Pare para pensar: o quanto a internet mudou nossa vida? Os relacionamentos? A comunicação? Será que foi pouco? Muito? Aliás, como diria mais uma vez McLuhan: "achamos que dominamos as máquinas".

Por isso e outras, McLuhan afirma: "O meio é mais importante que as mensagens", pois dependendo de cada meio, há alterações na maneira como nos relacionamos e interagimos. Somos afetados e muito.

O.k., mas o que tem a ver McLuhan com o ansiedade dos jovens de hoje, com a velocidade com a qual esperamos obter as coisas? A questão é que vejo que a internet, com o mundo ao seu alcance, com as páginas, imagens e sons aparecendo na sua tela em questão de segundos ... faz me sentir que tudo pode ser tão rápido quanto ela. Mas não é, e, às vezes, nos frustamos. Acredito piamente que a internet influencia também nesta atitude compartilhada entre jovens hoje, seja na maneira como se conhecem, relacionam, trabalham e interagem. Isso é bom ou ruim? Não sei, não me cabe respoder isso. Apenas sei que nada bom vem do dia pra noite, como cita Joss Stone em uma de suas músicas "Nothing good comes overnight". E um livro, como o de Márcio Hudson, não deve ter saído em questão de meses apenas.

Algum comentário? Por favor, faça- o rápido, em questões de segundos, para ontem! Rs. Como exige o sobrinho de um amigo: "AGÓÓÓLA". KKkkkkkkk.

3 Comments:

  • At quinta-feira, 27 julho, 2006, Anonymous Anônimo said…

    Cara!daqui uns tempos você estará escrevendo na veja,mas nesse tempo como você aprendeu... "é devagar,é devagar..."Martinho da vila

     
  • At terça-feira, 01 agosto, 2006, Anonymous Anônimo said…

    tempo...
    sabio akele q sabe administra-lo e conviver pacificamente.
    meros mortais nós somos, dentro de uma vida curta, ou longa dependendo de quem vive. ansiosos por acontecimentos que já estão escritos em nosso destino, mas que podemos fazer o que já sabido para cumprir nossas metas neste plano.
    abraço e tdo de bom pra ti

     
  • At sexta-feira, 04 agosto, 2006, Anonymous Anônimo said…

    "Apressado come cru" - ditado popular

     

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