Rascunhos

- esboços de quaisquer escritos, pensamentos e acontecimentos. Rascunhe você também, faz um bem danado!

terça-feira, agosto 15, 2006

Ouça

Novamente, ando sem tempo. Dizem que tempo é dinheiro, então, estou mais que pobre. Mas sempre na ativa, redescobrindo cada vez mais a querida Cuiabá e olhando tudo o que posso com novos olhos, míopes mas funcionando.

Escrever algo, mesmo que seja num blog, toma um certo tempo. Ter a idéia, o enfoque, redigir, pensar num título, olhar fotografias que dizem respeito à mensagem, revisar, analisar... Uffaaa. Mas como tempo é dinheiro e estou devendo o fundo das calças, vou pegar estes 10 min livres e dizer quais músicas tenho ouvido ultimamente. Músicas de duas trilhas sonoras que me fazem delirar, viajar e que também aguçam a sensação e necessidade de criatividade.

A primeira é a trilha do filme "Waking Life", filme filosófico animado de grande conteúdo, apesar de um pouco cansativo vale a pena vê-lo, pela técnica, pelas textos, pelos efeitos, pela profusão de sensações e, melhor que tudo, o "realce" dos sentidos e pensamentos. Nele, o amor tem forma, os olhos saltam, nele você viaja, você voa, você se perde, você questiona: "Estará ele vivo ou morto ou sonhando?" Dou-lhe uma, duas, três.... Tempo esgotado. E como tempo é dinheiro, isso já não mais me pertence.

A segunda trilha é do filme "Encontros e Desencontros (Lost in Translation)", filme para ser sentido e não assistido, um filme de percepções, de detalhes. Sabe? Outro filme ora cansativo mas rico, bem feito, e com um trilha gostosa. Quero revê-lo quando meu débito diminuir.

Uma outra trilha, que apesar de não ter ouvido ultimamente mas que merece ser citado, é a do filme "O fabuloso Destino de Amélie Poulain" com a atriz Audrey Tautou, que fez o papel de Sophie no filme "O Código Da Vinci". A trilha, assim como a do "Waking Life" tem os sons de acordeão, o que torna a música muito saborosa. Curto tanto tais trilhas que pareço às vezes não mais ouvir mas sim sentir o gosto das notas que entram e não saem mais de meus ouvidos.

Em suma, não tenho tempo, não tenho dinheiro, mas viajo o ano inteiro e não consigo deixar de fazê-lo, pois quando não o faço, eu me vejo preto & branco em contraste a qualquer quadro de Frida Kahlo, como se fosse pincel monocromático invejando uma paleta de cores em aquarela.

Viva a música. Viva a revolução musical.

1 Comments:

  • At quarta-feira, 16 agosto, 2006, Anonymous Anônimo said…

    Gostei do final! Poesia pura. Lembrei até da música da Adriana Calcanhoto: "eu ando pelo mundo prestando atenção
    em cores que eu não sei o nome
    cores de almodóvar
    cores de frida kahlo, cores..."

     

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