Dizem que é tudo uma questão de fases, crescimento, reconhecimento e valores. Aprendemos a contar a idade não pelos aniversários, mas pelas conquistas e principalmente nossa evolução. Roupas embelezam o que pode ser tocado, mas não o que pode ser sentido. Certos corações, órgão oco muscular, se enrijecem e diminuem, mas outros crescem com o tempo e acumulam coisas que dinheiro ou material algum pode comprar. A alma, putz, oh alma, alegre ou triste, entre subidas e descidas, leva um arranhão aqui outro ali, alegra um aqui e outro acolá, muda de cor de acordo com o estado nosso, aprende, sorri, escorrega, cai, levanta e fica mais forte, apesar de cada vez mais aprendiz. Os olhos, diafragmas perfeitos, começam a ver mais detalhes, sem perder de vista a grande fotografia. Os sentidos se tornam mais valiosos, talvez por um dia saber que eles tampouco serão os mesmos. Tudo continua mudando, em muitos aspectos para melhor, que bom. Tudo continua evoluindo, tudo continua.
Mas, no final das contas, o que mesmo importa não é o que vejo, não é o que apenas toco, cheiro ou provo, mas é sim a certeza de saber que tenho pelo menos uma, repito, pelo menos uma pessoa neste mundo que se importe contigo, pois o que tenho de mais valioso hoje são os seres atrás das caixas com laços e não as caixas em si. Obrigado a todos vocês que fazem parte de minha vida, pois o que vejo em vocês é invisível os meus olhos.
Como me sinto hoje? Me sinto como na figura abaixo, por várias razões, dentras elas, Você, você, ocê, ucê e cê. "Meu... c m'intende?"