sábado, outubro 07, 2006
Só agora me lembrei que todos os meus problemas começaram quando mudaram o nome do chocolate "LOLO" para "Milky Bar". Nunca mais fui o mesmo. Até me recuso em ver a embolagem com este novo e horrível nome que nele colocaram. Me recuso a olhar para ele com esta roupagem, "LOLO" era bem mais autêntico e eu nunca mais o mesmo.
quinta-feira, outubro 05, 2006
Ecaaaaa, tem cólo.
Há ações cujos nomes nem passam em nossas cabeças. Denominações que raramente ouvimos ou que nunca ouviremos. Uma delas é cecear. Veja a definição que traz o dicionário on-line Houaiss:
1) Pronunciar as consoantes sibilantes surdas e sonoras /s/ e/z/ (p.ex. saia, vossa, açor, máximo, zimbro, mesa, exame), como interdentais, com a ponta da língua entre os dentes.
Traduzindo, é a famosa língua presa. Representante nacional de maior expressão: Romário. Isso mesmo. Repita comigo: "Romário ceceia". Mais uma vez: "Romário ceceia". Risos. Aprendi isso quando estudava uma lição em inglês que tive com os meus alunos. Lá dizia: My brother is clazy, lisped John. Traduzindo: Meu irmão tem um palafuso a menos, ceceiou John.
Outra situação prática.
Segunda-feira, 02 de Outubro deste ano. Enquanto eu andava com um bebê de 1 mês e meio mostrando o pátio e ensinando a falar árvore, teiú, acerola, ninho de passarinho e cajuzeiro, chega Rafael, de 6 anos (ver foto), coloca a mão dentro da piscina e grita:
- Ecaaaaaa, tem cólo.
- Tem o quê, Rafael?
- Cóóóóólo, repete ele.
- Cólo? Que isso?
Um pouco mais irritado por eu não entendê-lo, ele repete a palavra mais pausadamente enquanto limpa sua mão em minha camisa, aliás adultos têm mil e uma utilidades para as crianças:
- CLÓ-LO. O tio pôs ontem na piscina. Urghhhhhhhhhh !!!!
Confesso que fiquei com dó. Eu, lerdo como sou, não me dei conta que era CLORO e o fiz repetir 3 vezes a mesma palavra. Percebo que às vezes ele se irrita pois parece acreditar que estamos tirando sarro dele. Paciência, Rafael.
1) Pronunciar as consoantes sibilantes surdas e sonoras /s/ e/z/ (p.ex. saia, vossa, açor, máximo, zimbro, mesa, exame), como interdentais, com a ponta da língua entre os dentes.
Traduzindo, é a famosa língua presa. Representante nacional de maior expressão: Romário. Isso mesmo. Repita comigo: "Romário ceceia". Mais uma vez: "Romário ceceia". Risos. Aprendi isso quando estudava uma lição em inglês que tive com os meus alunos. Lá dizia: My brother is clazy, lisped John. Traduzindo: Meu irmão tem um palafuso a menos, ceceiou John.
Outra situação prática.
Segunda-feira, 02 de Outubro deste ano. Enquanto eu andava com um bebê de 1 mês e meio mostrando o pátio e ensinando a falar árvore, teiú, acerola, ninho de passarinho e cajuzeiro, chega Rafael, de 6 anos (ver foto), coloca a mão dentro da piscina e grita:
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Nosso programa é o máximo
Se você fizer a nossa dieta
Se você praticar atividades físicas regulares
Se você comer menos e malhar mais
Se você se cuidar melhor
Tenha certeza, nosso produto funcionará.
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A beleza e a felicidade vem em tabletes
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Está esperando o quê?
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terça-feira, outubro 03, 2006
Molotvski
O coquetel molotov é uma arma incediária derivada do petróleo bruto. É uma arma química geralmente utilizada em protestos e guerrilhas urbanas. Sua composição mais eficiente é de um quarto de ácido sulfúrico com três quartos de gasolina comum, podendo até destruir alguns tipos de blindagem. Sua denominação deriva do nome do diplomata russo Vyacheslav Mikhailovich Molotov, cujo nome foi ironicamente atribuído a esta arma química pelos finlandeses à época da invasão soviética de seu país.
Que exploda ...
INDECISÕES Faltou-me coragem para chegar àqueles lindos olhos negros, E dizer: “Eu te quero”. Acho que é, porque eles estavam tão perto, Tão ao meu alcance. Faltou palavras para dizer-te: “Como eu desejo a ti conhecer”. Os olhos se cruzaram e os lábios teus, tão distantes dos meus. Minhas mãos tentaram te alcançar, mas não conseguiram. Tudo isto é “algo” não declarado, na sua forma mais perfeita."
E a qualquer hora te jogo este molotov bem na tua cara.... Quanto menos esperar, levá-lo-ás! Oxalá que exploda bem em tuas mãos.
(PS. Adaptação de um poema que recebi de uma amiga).
E a qualquer hora te jogo este molotov bem na tua cara.... Quanto menos esperar, levá-lo-ás! Oxalá que exploda bem em tuas mãos.
(PS. Adaptação de um poema que recebi de uma amiga).
domingo, outubro 01, 2006
Fábula
A raposa administrava bem o galinheiro. De vez em quando comia uma galinha, às vezes duas. Depois limpava tudo, distribuía ração, anunciava um feriadozinho qualquer, promovia jogos.
O dono do galinheiro apreciava. Não gostava da raposa, precisava dela para que as coisas andassem bem. Até que houve um dia quando a raposa foi além nas medidas de comilança. O dono do galinheiro apareceu com um cachorro enorme. A raposa decidiu manter o cachorro preso, alegando que poderia prejudicar a produção dos ovos. O dono aprovou, desconfiado. Por via das dúvidas, envenenou algumas galinhas... A raposa criou o hábito de, antes de comê-las, dar uma provinha ao cachorro, porque afinal era um princípio religioso valorizado dividir alguma galinha com o próximo.
Pois houve então um dia em que o dono instalou uma CPI no galinheiro. Uma investigação demorada transmitida pela TV do Senado Galináceo para todo o galinheiro. Em breve, chegou-se à conclusão evidente de que o cachorro era o culpado. Algumas galinhas, assustadas, acusaram a si mesmas. Depois descobriram um velho porco que vivia nos fundos do galinheiro e que se alimentava de sobras. Foi imediatamente preso.
Resta que o dono do galinheiro e as galinhas deram-se por contentes e se acalmaram. A CPI terminava. Houve festa. Comeram o porco e dançaram até bem tarde. A raposa fez um discurso emocionado acabando, teatralmente, por beijar um pintinho e lambendo discretamente os lábios. Por decreto, baixou alguns impostos. E assim, com todas estas mudanças, as coisas puderam seguir, solenemente, as mesmas.
(>>>>>>>>>>>> Fábula tirada da revista Filosofia Ano I, nº 3 <<<<<<<<<)
O dono do galinheiro apreciava. Não gostava da raposa, precisava dela para que as coisas andassem bem. Até que houve um dia quando a raposa foi além nas medidas de comilança. O dono do galinheiro apareceu com um cachorro enorme. A raposa decidiu manter o cachorro preso, alegando que poderia prejudicar a produção dos ovos. O dono aprovou, desconfiado. Por via das dúvidas, envenenou algumas galinhas... A raposa criou o hábito de, antes de comê-las, dar uma provinha ao cachorro, porque afinal era um princípio religioso valorizado dividir alguma galinha com o próximo.
Pois houve então um dia em que o dono instalou uma CPI no galinheiro. Uma investigação demorada transmitida pela TV do Senado Galináceo para todo o galinheiro. Em breve, chegou-se à conclusão evidente de que o cachorro era o culpado. Algumas galinhas, assustadas, acusaram a si mesmas. Depois descobriram um velho porco que vivia nos fundos do galinheiro e que se alimentava de sobras. Foi imediatamente preso.
Resta que o dono do galinheiro e as galinhas deram-se por contentes e se acalmaram. A CPI terminava. Houve festa. Comeram o porco e dançaram até bem tarde. A raposa fez um discurso emocionado acabando, teatralmente, por beijar um pintinho e lambendo discretamente os lábios. Por decreto, baixou alguns impostos. E assim, com todas estas mudanças, as coisas puderam seguir, solenemente, as mesmas.
(>>>>>>>>>>>> Fábula tirada da revista Filosofia Ano I, nº 3 <<<<<<<<<)